domingo, 4 de maio de 2008

“Vermelho como o céu”: quem são os cegos?



Inspirado na história de Mirco Mencacci, um renomado editor de som do cinema italiano, e vencedor de vários festivais de cinema, Vermelho como o céu emociona com a história de um menino que fica cego aos 10 anos, vítima de um acidente doméstico. Impedido de continuar os estudos em uma escola normal por conta da lei italiana dos anos 1970, Mirco é obrigado a estudar em uma escola especial para cegos, o Instituto David Chiossone, em Gênova, em regime de internato.

De repente o menino se vê longe da família, dos amigos, cego e sob um rígido sistema disciplinar imposto pelos religiosos que regiam o instituto. Uma amizade proibida, um gravador velho e muita criatividade dão um novo sentido à vida de Mirco. O menino começa a captar sons, fazer montagens e criar histórias sonoras, brilhantemente.

Recomendo. Pela sensibilidade, pelos valores que o filme transmite, por valer a pena fugir do feijão-com-arroz hollywoodiano e experimentar as maravilhas do cinema europeu. Sem bater em teclas repetitivas, o filme prende do início ao fim e emociona.

Eu assisti no Cine Metrópolis, numa “virada cinematográfica”: dois filmes de uma vez. O primeiro digamos que foi interessante, mas requer outra oportunidade para que eu fale melhor sobre ele. O nome: “Quatro meses, três semanas e dois dias”. Nada melhor para aproveitar o feriado (primeiro de maio) do que curtir um cinema a tarde toda. Acho que não vou enjoar nunca. Mas ir sozinha, como foi o caso, pode dar problema. Se eu me emociono, choro que é uma beleza. Eu não aprendo. Ô mania de ver filmes de drama sozinha... Acompanhada isso não acontece, o orgulho não permite. Rsrs.

Para mais detalhes eu indico um site:
http://www.focojornalistico.com.br/imprensa_detalhes.asp?id=300


Sobre Mirco Mencacci:
(extraído do site acima)
Mirco Mencacci, o verdadeiro protagonista dessa história, perdeu a visão aos oito anos. Sua sensibilidade sonora e talento musical o direcionaram para a carreira de músico e produtor musical. Durante anos, Mirco dirigiu seu próprio estúdio de gravação na cidade Pontedera (em Pisa, na Toscana). Em 1999, Mirco criou a SAM, em Roma, uma empresa de pós-produção de som. Desde então, é responsável pela edição de som de alguns dos mais importantes longas italianos, entre eles Le Fate Ignoranti e La finestra di fronte, dirigidos por Ferzan Ozpetec, e La Meglio Gioventù, dirigido por Marco Tullio Giordana.

Foi mal, só consegui o trailer em italiano:


Ficha técnica
Título original: Rosso Come Il Cielo
Itália, 2004, 95 min
Gênero: Drama
Direção: Cristiano Bortone
Roteiro: Cristiano Bortone, Monica Zapelli e Paolo Sassanelli
Direção de fotografia: Vladan Radovic
Montagem: Giancarla Simoncelli
Música: Ezio Bosso
Produção: Cristiano Bortone e Daniele Mazzocca